PRÁTICA ATRASADA, TERRA ARRASADA.
Para abastecer o mercado de proteína animal, biomas e florestas são continuamente destruídos, causando sofrimento e morte de milhares de animais. E um dos maiores responsáveis por essa destruição atende pelo nome de JBS.
A empresa, detentora de marcas como Seara, Swift e Friboi, é uma das principais fornecedoras de carne, abatendo quase 15 milhões de animais todos os dias. Mais de 200 milhões de produtos da JBS são distribuídos diariamente em várias partes do mundo, em cadeias de suprimentos de supermercados e fast-foods que todos nós conhecemos.
Esse modelo é cruel para animais de fazenda, mas também afeta gravemente os animais silvestres. Isso porque são constantes as queimadas na Amazônia e no Cerrado com o objetivo de “limpar” a área para produção de soja e de outros grãos que irão compor a ração de animais de criação industrial mantidos pela JBS. Enquanto estamos vivendo uma emergência climática, incêndios causados pelo setor agropecuário são responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa e pela devastação de habitats.
Esse nível de destruição e sofrimento não pode continuar.
O RASTRO DE SOFRIMENTO E DESTRUIÇÃO NO CAMINHO DOS GRÃOS
Entenda como a
JBS
desempenha um papel importante na cadeia produtiva e deve ser responsabilizada pelos danos causados.
NOVAS EVIDÊNCIAS
Em parceria com a Repórter Brasil, identificamos indícios da ligação da JBS com a destruição do Cerrado por meio da produção de grãos para alimentação de animais em confinamento.
JBS compra grãos oriundos de fazenda que pratica “grilagem verde” para burlar leis de conservação
Investigação independente aponta que a JBS conta com uma complexa rede de intermediários que omite parte da origem dos grãos que adquire para a fabricação de ração animal. Na prática, grandes produtores rurais se apossam de terras preservadas de comunidades tradicionais e as registram como áreas de Reserva Legal, como parte de suas propriedades. Essa manobra visa burlar o Código Florestal Brasileiro, que determina que os proprietários preservem 20% de terras localizadas no Cerrado.
Empresa se beneficia da lavagem de grãos, prática que insere milho e soja de origem desconhecida ou ilegal na cadeia produtiva
Através de contratos entre um fazendeiro (já conhecido por desmatar sem autorização e cultivar em áreas proibidas) e duas comercializadoras de grãos, identificamos inconsistências entre o montante vendido pelo fazendeiro e a capacidade de produção de suas terras. Na prática, ele se compromete a entregar uma quantidade de produto muito acima daquela que a sua propriedade é capaz de produzir.
JUNTE-SE A NÓS!
Assine a petição e exija que a JBS pare de financiar o desmatamento:
A produção de grãos para ração é responsável por grande parte do impacto causado pela cadeia da JBS
Assista ao minidocumentário “Floresta Racionada – O impacto da soja sobre animais silvestres confinados”, feito em parceria com a Repórter Brasil
(duração: 13 minutos)
Acesse nossos últimos relatórios:
Fauna em risco
Das 486 espécies ameaçadas de extinção no Cerrado e na Amazônia, quase todas perderam parte de seu habitat para o desmatamento. Conheça algumas das vítimas que vivem nas áreas devastadas pelos fornecedores da JBS e nos ajude a evitar que elas desapareçam.
Onça-pintada (Panthera onca)
A população do maior felino das Américas está diminuindo principalmente pela perda de seu habitat e a matança ilegal – as onças estão no topo da cadeia alimentar e precisam de grandes áreas preservadas para sobreviver.
Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla)
A espécie está entre os mamíferos mais ameaçados de extinção nas Américas do Sul e Central. Os tamanduás gostam de áreas com florestas onde há abundância de formigas, fundamentais para sua alimentação.
Cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus)
A conversão de terras para a agricultura e a caça ainda frequente estão entre as ameaças ao maior cervídeo da América do Sul, que já perdeu significativamente sua área de distribuição.
Tatu (várias espécies)
Pelo menos nove espécies de tatu estão em situação de vulnerabilidade, como o tatu-canastra, que vive no Cerrado. Ele atua como um importante “engenheiro do ecossistema”: outros animais usam as tocas que ele cava como abrigo contra predadores e área de alimentação e descanso.
Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus)
É endêmico da América do Sul e comum no Cerrado, onde tem papel significativo na disseminação de sementes das frutas que come. É tímido e solitário, preferindo manter distância de populações humanas.
Ações urgentes diante da crise ambiental e social que vivemos:
Gigantes da produção de carne:
- Elevar os padrões de bem-estar animal em suas fábricas.
- Firmar compromissos para eliminar o desmatamento de suas cadeias produtivas.
- Ter planos de ação consistentes para diminuir suas emissões.
- Reduzir a produção de carne e laticínios e investir na produção de alimentos à base de plantas.
Poder público:
- Introduzir normas mínimas obrigatórias de bem-estar para animais de criação.
- Retirar subsídios e apoios à pecuária industrial intensiva e direcioná-los a sistemas éticos, sustentáveis, à base de plantas e voltados para pequenos produtores.
- Impor uma moratória da criação intensiva de animais, evitando a aprovação de novas fazendas ou expansões nos próximos dez anos.
Saiba mais
Sistemas de criação industriais intensivos utilizam antibióticos de forma indiscriminada para mascarar problemas de estresse crônico dos animais. Isso favorece o surgimento de bactérias multirresistentes, uma ameaça à saúde pública.
O consumo excessivo de carne está associado ao sofrimento de cerca de 50 bilhões de animais que são criados em sistemas industriais intensivos todos os anos. Além disso, doenças como diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer são menos comuns em pessoas que têm dietas predominantemente à base de vegetais.
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